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Muito mais que fórmulasVencedores de olimpíada brasileira de matemática esbanjam talento, mas isso só é possível porque seus professores estão preocupados em fazer a turma pensar

Todo fim de ano, Filipe Pereira Santos, de 14 anos, recebe menção honrosa por tirar boas notas na Escola Estadual João Nunes Ferreira, em Lambari (MG), cidade agrícola de 22 mil habitantes. Em 2005, ele foi mais longe. Concluiu a 8ª série com uma medalha de ouro no peito. Dessa vez, porque ficou entre os 100 primeiros colocados entre 10,5 milhões de estudantes que participaram da 1ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas. "É uma das minhas disciplinas preferidas, mas não imaginava que me sairia tão bem", conta o estudante. Ele conquistou o 6º lugar do nível 2 (participantes de 7ª e 8ª série). Para especialistas, alunos como Filipe são, acima de tudo, talentosos. Mas é durante aulas instigantes que muitos desses talentos despertam. "É aí que eles descobrem o caminho certo para desenvolver suas aptidões", diz o professor Paulo Cézar Pinto Carvalho, pesquisador do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa).