domingo, dezembro 03, 2006

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Circuito Turístico: Sul de Minas Gerais


Cassino ao Lago Guanabara - Lambari
Este é um circuito tradicional entre os produtos turísticos oferecidos por Minas aos seus visitantes.
Revitalizantes, as estâncias hidrominerais proporcionam aos turistas muitas opções para o lazer e também para o turismo de convenções.
É um circuito que recebe, principalmente, turistas do maior pólo emissor do país, São Paulo. Os empresários locais, prefeituras e instituições de ensino já estão envolvidos na renovação do produto, procurando agir em parcerias que podem resultar na criação de micro-produtos, de forma a ampliar a permanência dos turistas nessas localidades com o aproveitamento das ofertas existentes em cidades vizinhas, que não dispõem de meios de hospedagem.
Integram este circuito: Baependi, Cambuquira, Lambari, Caxambu e São Lourenço, onde recentemente foi inaugurado um trecho de 10 quilômetros até Soledade de Minas, feito por uma locomotiva Pacific 332 e cinco vagões. Mas as águas minerais continuam sendo o grande atrativo da região.O Circuito Terra das Águas é composto pelas seguintes cidades:
Baependí
Cambuquira
Caxambú
Lambarí
São Lourenço
* Caso você deseje mais informações sobre as cidades acima, visite o site: http://www.cidades.mg.gov.br


Circuito das Águas do Sul de Minas pede socorroEstâncias hidrominerais do Sul de Minas estão em decadência. Turistas desaparecem, hotéis fecham as portas e até a composição química da água está mudando para pior(Fernanda Odilla /Estado de Minas)As estâncias hidrominerais do Sul de Minas pedem socorro. Destino de visitantes ilustres, como a família imperial de dom Pedro II, e templo de águas com propriedades medicinais, que já curaram muita gente, o primeiro circuito turístico do Brasil perdeu o glamour do passado e dá sinais claros de decadência. O movimento de turistas em São Lourenço, a 387 quilômetros de BH, caiu cerca de 70% nos últimos anos. Os visitantes reclamam da mudança no sabor da água das fontes da cidade. Em Caxambu, a 361 quilômetros, há sempre vagas para banhos no balneário e quartos vazios nos hotéis. Em Cambuquira, a 316 quilômetros, e Lambari, a 345 quilômetros, cidades vizinhas, a decepção do visitante é ainda maior. Os pedalinhos do lago, as banheiras e salas de massagem do balneário do Parque das Águas de Cambuquira não funcionam e estão entregues à poeira e à ação do tempo há mais de dois anos. E, em Lambari, onde restaram apenas lembranças dos tempos áureos, duas fontes isoladas na praça são freqüentemente usadas como banheiro público.A degradação pode ser ainda pior. Ambientalistas tiveram acesso a um levantamento do laboratório de análises minerais da Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais (CPRM), que indica aumento das taxas de nitrogênio amoniacal nas águas de fontes de São Lourenço e Caxambu. “Isso é um aviso. Significa que a quantidade de matéria orgânica na água aumentou, o que pode ser um indício de poluição”, avalia o geólogo Gabriel Junqueira, morador do Sul do Estado e defensor ferrenho das águas da região, lembrando que as taxas de ferro também estão aumentando. A degradação ambiental nas áreas de recarga e a superexploração das fontes são apontadas como a causas dessas perigosas mudanças. Os resultados do levantamento ainda são preliminares e insuficientes para afirmar se há contaminação das fontes, mas já explicam a sensação desagradável de moradores e turistas ao beberem as águas gasosas. A reclamação é uma só: o sabor da água mineral de fontes seculares, especialmente de São Lourenço, já não é o mesmo. “Venho aqui desde criança e a cada ano sinto que o gás está diminuindo e a água das fontes parece ser industrializada. Não estou gostando da mudança”, diz o vendedor carioca José Ricardo Moço, de 31 anos, enquanto caminha pelo Parque das Águas carregando uma sacola com seis litros d’água coletadas na fonte. Abandono “As quatro estâncias estão abandonadas, cada uma à sua maneira”, atesta o secretário de Turismo de Cambuquira, Silvio Brito, referindo-se não apenas à situação dos parques das quatro cidades, mas também à falta de recursos e de divulgação de um dos primeiros circuitos turísticos do Brasil. Basta um simples passeio pelos parques para perceber que hoje são os próprios moradores que mais freqüentam as fontes, para encher garrafas com diferentes tipos de água gasosa, cheia de propriedades medicinais. Mas a imagem do parque cheio, com filas em todas as fontes, nunca saiu da cabeça de Fátima Vilhena, nascida e criada em Cambuquira. Mas agora há mais patos e gansos do que visitantes no parque. “Turista ficava 20 dias na cidade, hoje mal passa a tarde”, lamenta. A impressão do visitante, que pisa pela primeira vez nos parques, é de que está tudo bem. A grama cortada, as fontes limpas e as aves nadando nos lagos tornam as áreas agradáveis. Mas as placas de informação envelhecidas pelo tempo, o mofo nas paredes e as torneiras enferrujadas são sinais de que há problemas. E os turistas mais antigos asseguram que tudo já foi muito melhor. “A gente tem medo de expor os problemas, porque até o governo se sensibilizar e decidir nos ajudar, mais turistas desistiriam de nos visitar”, diz Carlos Lourenço Martins, presidente do Serviço Autônomo de Turismo de São Lourenço, cidade que já recebeu mais de 800 mil visitantes por ano e hoje se desdobra para atrair 250 mil. Funcionários da Nestlé, dona do parque e da extração de água mineral na cidade, informam que o único autorizado a falar sobre o assunto é Marcelo Marques, que estava fora da cidade e não retornou as ligações do ESTADO DE MINAS. Fonte: Jornal Estado de Minas

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