domingo, julho 23, 2006

Os italianos na cidade.

Lambari recebeu no final do século XIX a migração de mais de 40 famílias italianas , em sua maioria quase absoluta, vinda da comune de Latronico , Província de Potenza , na Região da Basilicata , Sul da Itália. As famílias que migraram para Águas Virtuosas no final do século XIX e início do século XX são : BIAZO, BELONI, BONGIORNI, BIANGULI, CONTI, CARELLI, EOLI, COLI, CERROTA, CARLINI, DOTTI, DE PAULA, DE MARCO, DE LORENZO, GESUALDI, GRANDINETTI, GIACÓIA, GIOVANINI, GREGATTI, GONELI, IENO, IELPO , LOFIEGO, LÉO, LAMBERTI, LORENZO, MILEO , MANES, MARZANO, MANDARANO, METIDIERI, MAGALDI, GRECO, PESTILI – PONSO – PATIA, PAPANDRÉIA, RAIMUNDI, RAMBALDI, ROSATTI, SILVESTRINI, SERRUTI, SANTORO, SINFOROSO, SGARB, TUCCI e VIOLA . Um dos imigrantes mais antigos de Lambari - ao lado de Miguel de Lorenzo, Egidio e Rosario Mileo - foi patriarca o Francesco Grandinetti e sua mulher Teresa Giacóia , que vieram em1886 e 1888 respectivamente. Foi nessa época que também chegou outro patriarca, o primeiro dos VIOLA , Emmanuel Viola , o irmão mais velho de uma família de sete irmãos: Vicente, Salvatore, Carlutti, Luiggi, Antonio e Egidia , esta chegou a ficar em Lambari por algum tempo, mas depois voltou para Latronico, onde morreu em 1949 . Emmanuel - o tio Manoel, como ficou conhecido - era pai do Amedeo Viola , um dos lambarienses mais ilustres de seu tempo, próspero comerciante, chefe de uma grande família, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lambari , por mais de três décadas Os italianos geralmente eram sapateiros, marceneiros ou mestre de obras. A imigração era incentivada por conterrâneos que vinham na frente. O grande mercado de trabalho era a Estrada de Ferro , em construção, onde havia espaço para mão de obra vinda de fora . Vamos fazer a América - expressão que ficou famosa - era a justificativa dos imigrantes quando se despediam.. Os italianos eram trabalhadores e cumpridores de seus deveres . Gostavam de festejar o dia de Santo Egidio (1º de setembro) , padroeiro de Latronico , com muito vinho. No dia de Santo Egidio , regozijavam-se a noite inteira, comendo e bebendo vinho em meio à geada, com o frio abaixo de zero, comum naquela época. Eram sentimentais e amargavam, via de regra, uma grande saudade de seus parentes deixados na Itália , que nessa época - final do século XIX - era sacudida por uma brutal recessão, com analfabetismo, desemprego e muita desesperança, após a criação do Reino Ùnico , fruto da unificação de ducados , principados e reinados independentes. Em virtude dessa derradeira causa social que abalava o País, hoje o Brasil tem 25 milhões de descendentes de italianos, o que torna a Itália um país tão irmão quanto Portugal. Pena que essa parte importante da história de Lambari corre o risco de apagar-se com o tempo, pois seus últimos contemporâneos estão passando. A cidade ainda não tem sequer uma rua com o nome de Latronico , para registrar, pelos menos, esse referencial de sua história, senão uma antiga e abstrata Rua dos Italianos , único registro da importância cultural dos italianos sobre a vida da famosa estância hidro-mineral. Justiça feita a alguns lambarienses heróicos, que hoje tentam reunir informações e registros fotográficos sobre os primórdios da cidade, o fato é que são poucas as anotações históricas organizadas e divulgadas. Resgatar um pouco dessa memória deve ser um compromisso de todos aqueles que, de fato, possam dizer Lambari, Como Eu Gosto de Você ! ...

10 comentários:

Anônimo disse...

Meu trisavó nasceu em latronico no ano de 1878 e era serralheiro, seu nome era jose Eduardo. Se vc puder me mande alguma informação ou entre em contato, meu e- mail e lucastony13@hotmail.com

Consuelo Apocalypse disse...

Meu bisavô, Egydio Gioia, veio em 1887, com sua mãe, Filomena Tucci e irmã, Teresa Gioia para o Brasil. Eram de Latrônico.

Gislaine disse...

Que legal, meu marido sempre conta histórias do bisavô dele Amedeo Viola, citado aí em cima, adorei ficar sabendo de mais essas informações

Roberto Dutra disse...

Tenho parentes por parte de vô e Vó em Lambari, família Gentil,Lobo de origem Italiana que não foi citada acima. se alguem quiser trocar informações meu email e dutra2008@hotmail.com

Márcio Eugenio disse...

Prezados, descobri que meu trisavô se chamava Angelantonio Ieno, de Latronico. Gostaria de saber se há algum Ieno aí de Lambari para que eu posso obter mais detalhes, quem sabe, sobre os Ieno's de Latronico. Meu email é marceugenio@hotmail.com. Grato.

Geraldo Ponzo Neto disse...

Meu antenato chamava-se Gaetano Carmine Ponzo. Nessa lista o PONZO aparece com "S" mas é com "Z" ...
Tenho orgulho de ser brasileiro, mas muito mais ainda de ser também um italiano descendente!
Essas pessoas merecem todo nosso respeito e honra! Eu juro honrar o nome do meu Bisnôno e farei minha cidadania ainda este ano lá em Latrônico! Em nome de Jesus!!!

Unknown disse...

Faço parte dos Viola,meu trisavo fez parte dessa turma,estou prestes a ir pra Itália conhecer mas sobre nossos antepassados

Anônimo disse...

Meu trisavo nasceu em Latronico em 1856 e chegou em Lambari em 1878 e casou-se la em 1880. Eu estive esse ano em Latronico Italia com o prefeito la e contei dessa historia de Lambari. Eles ficaram muito curiosos sobre a historia de Lambari e Latronico ! Marcelo (Basile). Marceloalvess@hotmail.com

Roberto Dutra disse...

Meu avô nasceu em Lambari -MG em 1896 Joaquim dos Reis Dutra e se casou por la com Ana de Oliveira (Lobo), mudaram para Aparecida do Norte por volta 1950, meu pai (in Memorian) nunca me falou da historia da sua família, só depois que ele faleceu que me interessei pela historia, conheci alguns primos dele, mas nunca informações que pudessem chegar aos meus avós Antônio Dutra de Macedo e Maria José dos Santos.
dutra2008@hotmail.com

Unknown disse...

Sou descente do Vicente Viola, irmão do Emmanuel Viola . Estamos termindo nosso processo de cidadania italiana. Logo vou conhecer Latronico.